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sábado, julho 30, 2011

Inmunodeficiencia primaria...crianças

É um desespero. De um dia para o outro o pequeno não para de se adoentar. São pneumonias, otites, sinusites, problemas intestinais. E como se não bastasse a grande lista de infecções, elas são freqüentes e dão a cara mais de duas vezes ao ano. Cuidado: o que poderia parecer uma simples queda na imunidade do filhote pode, ser na verdade, manifestação das chamadas síndromes de imunodeficiência primária.
O sistema imune é bastante complexo e envolve desde órgãos como a pele e o tubo digestivo até as diferentes células de defesa do sangue. As síndromes de imunodeficiência primária são caracterizadas por uma falha genética nesse sistema imune.

Dois tipos

As imunodeficiências são divididas em dois tipos: primária (congênita) e secundária (adquirida). A imunodeficiência primária é aquela adquirida no nascimento por causas genéticas (mas nem sempre é manifesta nos pais). Já a secundária é resultado da ação de fatores externos, e geralmente, vinculada a doenças como desnutrição, leucemia, AIDS, ou ao uso de drogas imunossupressoras utilizadas nos tratamentos contra o câncer.
Por representar uma falha no sistema imunológico, crianças que sofrem de imunodeficiências apresentam um número grande de infecções, sejam elas respiratórias como otites, pneumonias ou sinusites repetidas, sejam infecções intestinais ou de pele. Essas infecções são mais freqüentes que o normal, manifestam-se em um grau mais grave que o habitual e com resposta mais lenta aos antibióticos convencionais.

Um difícil diagnóstico

Infelizmente, traçar o diagnóstico das imunodeficiências pode não ser um processo fácil, sobretudo porque nos primeiros anos de vida do bebê é comum que seu sistema imunológico ainda não esteja funcionando adequadamente. Crianças pequenas (de até três anos) costumam apresentar várias infecções de repetição nas vias aéreas (otite, laringite, resfriado, catarro), mas dependendo da freqüência, da gravidade e do desenvolvimento da criança é provável que não seja imunodeficiência e sim uma simples queda do sistema imunológico.
Além disso, nem sempre os sintomas de imunodeficiência primária se manifestam logo após o nascimento. Quando a falha no sistema de defesa se dá nas células produtoras de anticorpos, os sintomas podem demorar mais a aparecerem já que a criança amamentada no seio materno recebe níveis razoáveis desses anticorpos vindos da mãe.

O tratamento deve começar logo que detectado o problema
Descoberta a existência de uma síndrome de imunodeficiência é preciso recorrer a um tratamento multidisciplinar. Ele abrange vários aspectos, desde um suporte nutricional e fisioterápico até a administração de antibióticos e reposição de imunoglobulinas. Nos casos mais graves, o transplante de medula óssea pode ser a única solução. A maioria das mutações que levam às imunodeficiências primárias estão ligadas às células sanguíneas que são produzidas na medula óssea a partir de uma ‘célula mãe’ saudável. Quando existe um problema nessa produção, o transplante de medula pode devolver ao paciente ‘células mães’ saudáveis capazes de gerar ‘soldados’ de defesa (leucócitos, anticorpos, linfócitos) também saudáveis.
Em outros casos, injetar anticorpos de uma pessoa saudável em uma portadora de imunodeficiência pode solucionar o problema. Conhecida como imunização passiva, essa é uma forma comum de tratamento quando a imunodeficiência ocorre devido a uma falha na produção de anticorpos. E, ao contrário do que muita gente pensa, as vacinas como método de fortalecer a imunidade da criança não funcionam em casos de imunodeficiência primária. Elas não têm capacidade de alterar as condições determinadas geneticamente, responsáveis pelo distúrbio.
Se, por outro lado, o problema for apenas uma queda simples de imunidade, alguns comportamentos e atitudes podem solucionar a questão. Nesses casos, o melhor a fazer é manter uma boa alimentação, reduzir o estresse e ter um acompanhamento médico adequado. Manter o aleitamento materno exclusivo até os seis primeiros meses de vida da criança, obedecer ao calendário de vacinas, promover exercícios e vida ao ar livre são outras condutas que ajudam a fortalecer o organismo do pequeno.
Sinais de alerta
Especialistas afirmam existir dez sinais que podem alertar para a existência de uma imunodeficiência primária. São eles:
 Duas ou mais pneumonias ao ano
 Oito ou mais otites ao ano
 Estomatites de repetição ou monilíase por mais de dois meses
 Abscessos de repetição ou ectima
 Um episódio de infecção sistêmica grave (meningite, osteoartrite, septicemia)
 Infecções intestinais de repetição/diarréia crônica
 Asma grave, doença do colágeno ou doença autoimune
 Efeito adverso a vacina BCG e/ou infecção por microbactéria
 Fenótipo clínico sugestivo de síndrome associada à Imunodeficiência
 Histórico familiar de imunodeficiência
A comprovação do diagnóstico clínico se faz através de exames de sangue e de imagem solicitados por um imunologista após a avaliação criteriosa de cada caso individualmente.

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