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quinta-feira, maio 31, 2012

Coisas pra lá de esquisitas que só acontecem com criança...

Cocôs explosivos nos primeiros dias, arrancar meleca de nariz e comê-la, lamber a cara do cachorro, enfiar as mãozinhas na água da privada… Sua primeira reação é sentir o estômago embrulhar e pedir que o seu filho pare. Depois, vem a neura: será que isso faz mal? Tire suas dúvidas sobre esses hábitos infantis tão peculiares – e bem, bem nojentos.
Na última semana antes das férias de fim de ano, minha filha de 3 anos, Maria Eduarda, pegou conjuntivite e teve de ficar de molho em casa. Eis que um belo dia, entre um episódio dos Backyardigans e uma aventura da Barbie, pego-a empenhada em tirar do olho a secreção típica da inflamação, mais conhecida como remela, para em seguida… comer!!! ECA! É lógico que quase morri de asco ao ver aquilo. “A criança não nasce conhecendo a conotação de nojo, ela a aprende com a vivência. As pequenas, inclusive, adoram provocá-lo e se divertem com o pavor dos pais”, diz a pediatra Sandra de Oliveira Barros, infectologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Outro componente que me preocupou: há algum tipo de risco em (ui!) comer remela? Será que faz mal? Para desvendar esse lado nada “fofo” da infância, conversei com vários especialistas sobre as principais porquices e esquisitices que nossos pequenos fazem. Descobri, inclusive, se são normais (são, ufa!), que perigos oferecem e, principalmente, como reagir diante delas.

Comer meleca do nariz
Qual o risco? Nenhum. O muco não apresenta componentes nocivos e, de qualquer modo, costuma ser expelido pelas fezes. É salgadinho (para quem não se recorda dos tempos de infância, tem gosto de soro fisiológico), e é por isso que atrai tanto as crianças. Vale lembrar que as mais novinhas têm preferência pelos sabores adocicados – o salgado da meleca, então, seria uma nova experiência. E, embora seja para lá de asqueroso, ingerir catarro, vômito ou secreção de conjuntivite não oferece dano algum.

O que fazer? Ter paciência e entender que o hábito faz parte de uma fase de experimentação, que costuma passar por volta dos 4 ou 5 anos. “Sob o ponto de vista infantil, imagine o quanto é incrível brincar com uma bolinha que sai do próprio nariz?”, diverte-se David Elias Nisenbaum, pediatra do Hospital Infantil Sabará (SP). “Quanto mais a mãe ou o pai fazem cara de nojo, mais divertido é para o filho mexer com a meleca.” Moises Chencinski, pediatra pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), destaca que toda criança se envolve com esse “experimento científico”. “E não são as próprias mães que vivem falando que o filho precisa experimentar de tudo?”

Cocô “bomba atômica”
Qual o risco? Além de pregar um baita susto em quem está trocando as fraldas, nenhum. Aquele cocô que o recém-nascido expele em um jato nada mais é do que a liberação de gases intestinais. “A alimentação do bebê é unicamente de leite materno, e, por isso, as fezes são mais líquidas. Como a criança fica quase o tempo todo deitada ao nascer, acaba acumulando gases. Daí a ‘explosão’ acontece”, explica a pediatra Martha Matos, pediatra do Ambulatório de Pediatria Social mantido pelo Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês (SP).

O que fazer? Não se preocupar. Conforme a criança vai se movimentando mais, os gases são expelidos e o “fenômeno” para de acontecer.
Lamber superfícies sujas
Qual o risco? Enorme, em especial para os pequenos que têm a mania de lamber o chão ou a sola de sapatos. “Imagine que uma barata passou sorrateiramente pelo piso da sua cozinha e foi para a sala. Suas patinhas são capazes de levar para vários lugares uma série de doenças”, diz o pediatra Moises Chencinski. Exemplos? Febre tifoide, hepatite A e verminoses intestinais.

O que fazer? Essa atitude é comum e acontece em especial até os 2 anos, período em que costuma ser encerrada a chamada fase oral. Lavar a boquinha não adianta muita coisa, pois a contaminação é muito rápida. Como não dá para vigiar os pequenos 24 horas por dia, o ideal é sempre tentar manter a casa bem limpa e deixar os calçados longe da vista deles. Alguns, no entanto, chegam a lamber os móveis, as paredes… A solução é ficar de olho.
Comer cocô ou insetos e mexer na água da privada
Qual o risco? Alto, em especial no caso das fezes. A criança pode contrair inúmeras enfermidades, até se o cocô for dela mesma. O perigo é o mesmo em relação a mexer no vaso sanitário, foco de bactérias existentes nas fezes. O problema maior, no caso dos insetos é que os bichos podem ter entrado em contato com locais contaminados.

O que fazer? De acordo com Moises Chencinski, até os 4 anos a criança tem dificuldade em gravar o porquê das proibições, principalmente se ela ocorre em diferentes situações. “Em um dia, a mãe a flagra brincando com a água do vaso sanitário e dá uma tremenda bronca. Na manhã seguinte, o pai vê a mesma cena e a retira do banheiro, dizendo só que aquilo não pode. Na cabeça dos pequenos, são circunstâncias totalmente distintas”, afirma. Não é por isso, no entanto, que você não deve insistir em proibir e explicar as consequências. E limpar bem as mãozinhas da criança imediatamente. “Nada de álcool gel. O que realmente esteriliza é a boa e velha mistura de água e sabão”, diz Martha Matos. Observe atentamente a criança por alguns dias e procure o pediatra se houver febre, dor de barriga, diarreia, vômito ou perda de apetite.
Ingerir a comida do bicho de estimação
Qual o risco? A saliva dos gatos e dos cachorros é fonte de muitas bactérias. “A ração pode ter a salmonella, responsável por sérias infecções intestinais”, afirma Martha Matos. As fezes dos felinos, aliás, são foco de transmissão de toxoplasmose, doença que pode levar, em casos extremos, à cegueira e à alterações neurológicas.

O que fazer? Para evitar tais problemas, mantenha as tigelas dos bichos bem longe das crianças. Se o pequeno ingerir o alimento e tiver febre, dor de barriga, diarreia, vômito ou perda de apetite, procure o pediatra.
Genitais “inchados”
Qual o risco? Boa parte dos meninos recém-nascidos apresenta hidrocele, um acúmulo de líquido na bolsa escrotal que vai esvaziando aos poucos, até o quarto mês. “Em alguns casos, é preciso drenar, mas isso depende da avaliação do pediatra”, diz Martha Matos. Já as garotas podem apresentar sangramento nos primeiros dias e até exibir mamas inchadas. Isso é normal e acontece por causa dos hormônios transmitidos pela mãe.

O que fazer? Nada, pois essas características costumam regredir até sumir totalmente logo no primeiro mês, variando de criança para criança.
Comer o que cai no chão
Qual o risco? O de se contaminar com os mais diversos tipos de vírus e bactérias.

O que fazer? Dar vermífugos como forma de prevenção sem orientação médica não oferece garantia alguma e, ainda, causa danos, como o risco de provocar reações alérgicas graves. “Isso sem contar que, dependendo do estado de saúde, é preciso tomar mais de um medicamento contra vermes”, avisa Moises Chencinski, que recomenda um exame de fezes anual.
Colocar terra ou areia na boca
Qual o risco? Brincar no parquinho a criança já está suscetível a adquirir o bicho geográfico, cujas larvas penetram na pele, causando lesões. Ao comer areia ou terra, o perigo aumenta: lembre-se que cães e gatos podem ter andado e feito suas necessidades por ali.

O que fazer? A sujeira faz parte. “No entanto, essa história de que ela é fundamental para a criança criar anticorpos é pura balela. Somente as vacinas podem atacar vírus e bactérias”, diz Moises Chencinski, contrariando muitos especialistas, que consideram negativa a higienização excessiva de alguns pais. Para evitar 100% de contaminação, somente preservando a criança de qualquer contato, o que nenhum profissional recomenda, é óbvio. “A garotada precisa, sim, da vitamina S, de sujeira”, diz Martha Matos. “Não há nenhum cuidado que seja mais importante do que permitir à criança a descoberta do mundo.” Para ela, em vez de pânico diante de tais situações, muito melhor lavar a boca e as mãos do filho e, mais uma vez, ficar de olho em possíveis sintomas.
Roer unha
Qual o risco? Se a criança não tiver uma higiene adequada das mãos – lavando-as antes de comer e mantendo-as sempre limpas – pode ser contaminada por vírus e bactérias.

O que fazer? O hábito, em geral, pode envolver questões emocionais. É importante notar em que momento ela faz isso. Vale a pena observar se ela lança mão do costume quando está prestes a viver alguma experiência nova – ir a uma festa, ver uma peça de teatro ou enfrentar o primeiro dia de escola – porque pode ser sintoma de medo ou ansiedade. Se a prática é muito constante, pode permanecer até a idade adulta. Uma consulta com um psicólogo pode ser esclarecedora.
Escamações e casquinhas
Qual o risco? Assim que nascem, alguns bebês apresentam a descamação epitelial nos pés e nas mãos – parece que a criança está trocando de pele. Já as casquinhas amareladas que costumam surgir no couro cabeludo e nas sobrancelhas são uma espécie de dermatite seborreica que vai sumindo aos poucos, conforme o desenvolvimento da criança.

O que fazer? Apenas a higienização básica, com água e sabonete de glicerina. Evite acelerar o processo de descamação ou aplicar algum tipo de pomada na dermatite, pois a pele do recém-nascido é muito sensível. Além disso, em questão de meses tudo irá desaparecer.

Fonte: Revista Crescer

Um comentário:

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