A professora de História Uiliene Araújo Santa Rosa foi afastada do Colégio Municipalizado Guilherme Dourado, localizado no Parque São José, e teve seu contrato com a Prefeitura Municipal de Imperatriz encerrado, após publicar fotos na rede social Facebook, que mostram os alunos fazendo prova embaixo de guarda-chuvas.
Ontem, 25, a professora foi afastada da escola e hoje, 26, teve seu contrato com a Prefeitura Municipal de Imperatriz encerrado. Segundo ela, a decisão da escola representa uma punição, por conta da divulgação das fotos. “Depois que eu postei as fotos, todos os funcionários da escola deixaram de falar comigo. Todos passaram a me tratar com hostilidade, indiferença. Foi aí que eu percebi que tinha alguma coisa errada”. De acordo com a professora, a escola também já havia advertido os alunos para que não compartilhassem as fotos publicadas.
A medida foi tomada pela direção da escola dias após a publicação das fotos na página pessoal da professora, na internet. Tiradas com um telefone celular, os alunos aparecem nas fotos usando guarda-chuvas durante a aplicação de uma prova. Em outra foto, o piso da sala aparece alagado. De acordo com a professora Uiliene, o teto estava comprometido, o que obrigava os alunos a usarem os guarda-chuvas dentro da sala para se protegerem da chuva.
Segundo a professora, no momento da postagem das fotos a escola não foi identificada. “Era apenas um desabafo da minha insatisfação com a condição das salas de aula”, declarou.
Ainda segundo a professora, a própria diretora da escola, Ivone Carvalho Milhomem, a informou sobre seu afastamento. “A diretora me chamou na sala dela e disse que minha conduta não era compatível com as normas da escola. Que eu seria afastada e ficaria à disposição da Secretaria de Educação”.
Repercussão nas redes sociais.
"Que tipo de pessoa atende pelo nome de "educadora" e simplesmente esquece o sentido básico da educação? Por que escancarar a precariedade de um lugar sem condições mínimas pra ser chamado de "Escola" é motivo para sanções?", comentou a usuária Mayara Costa sobre a medida tomada pela direção da escola.
“Isso foge a tudo que li sobre a Constituição, sobre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Afora isso é uma afronta à educadora que ousou denunciar esse fato!”, comentou o usuário Magno Urbano.
O Imperatriz Notícias entrou em contato com a Escola Guilherme Dourado, porém, a direção informou que não se pronunciaria sobre o caso e recomendou que fosse procurada a SEMED (Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer), que por sua vez, também informou que não se posicionará sobre o assunto.
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