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quinta-feira, junho 07, 2012

EVOLUÇÃO DA ESCRITA E DA LEITURA


 Ferreiro afirma que a criança começa, já a partir dos 04 anos, a perceber a escrita como a representação de algo externo, que não é somente um traço ou uma marca. Compreende o que a escrita representa e qual é a sua estrutura. Tem consciência da diferença entre desenho e escrita, entre imagem e texto, e compreende que, apesar de estarem representando a mesma situação e terem uma origem comum, a sua estrutura é diferente: a escrita apresenta grande complexidade, ela vai buscando soluções para entender esta diferença. Nesta tentativa de solução, a criança constrói algumas hipóteses:

1. Garatujas: Fase dos rabiscos. A criança rabisca e lê o que representam os rabiscos.

2. Hipótese Pré-Silábica: A criança já conhece letras e as representa graficamente, mas ainda não tem a sonorização. Usa letras quaisquer. Ex: DCMLZ = Caneta

3. Hipótese Silábica: A criança percebe o som e representa graficamente uma letra para cada sílaba. Ex: “CNT” = Caneta. “BCA” = Caneta ou “AEA” = Caneta.
A palavra caneta tem 3 sílabas, por  isso, representa-a com 3 letras convencionais (no exemplo “BCA”). Esta hipótese é considerada “o salto de qualidade”.
Há o estabelecimento da relação entre fala e escrita (ou  seja, faz corresponder  para cada sílaba oral uma letra), mas sem fazer uso do valor sonoro convencional. Ou há o estabelecimento da relação entre fala e escrita (faz corresponder para cada sílaba oral uma letra), fazendo uso do valor sonoro convencional

4. Hipótese Silábica Alfabética: Nesta fase, há um grande conflito cognitivo, ela representa o número de sílabas, mas percebe que para o som é necessário acrescentar mais letras. Ex: SAPT = sapato ou SPAT = sapato.
Há o estabelecimento da  relação entre fala e escrita, ora utilizando uma letra para cada sílaba, ora utilizando a silaba completa.
É o avanço para a Hipótese Alfabética. Antes destes estudos, o professor via, como um distúrbio de aprendizagem, esta fase da criança.

5. Hipótese Alfabética: Representa a grafia ao som correspondente, já se apropriou desse conhecimento, através da reconstrução da leitura e da escrita. Os caminhos dessa construção são os mesmos para todas as crianças, de qualquer classe social.
Produz escritas alfabéticas, mesmo não observando as convenções ortográficas da escrita.

ATP Maria de Fátima Proença de Souza - Agosto/2010

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